quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Usando códigos antigos com a nova versão do PHP



Agora que o PHP cresceu e é uma linguagem de script popular, há recursos públicos que contém código que você pode reusar em seus próprios scripts. Os desenvolvedores do PHP tentaram largamente manter a compatibilidade, para que um script escrito em uma versão mais antiga do PHP (deva) rodar sem nenhuma alteração em uma versão mais nova do PHP. Na prática algumas alterações serão geralmente necessárias.
Duas das coisas mais importantes recentemente alteradas que afetam um código antigo é:
  • O velho método que não está mais em uso, que é o de usar arrays $HTTP_*_VARS (que precisam ser indicados como sendo globais quando usados dentro de uma função ou método). A seguir nós abordaremos os arrays auto-globais no PHP » 4.1.0. Eles são: $_GET$_POST$_COOKIE$_SERVER,$_ENV$_REQUEST, e $_SESSION. Os antigos arrays $HTTP_*_VARS, como os $HTTP_POST_VARS, ainda existem até a versão do PHP 3.
  • Variáveis externas não são mais registradas no escopo global por padrão. Em outras palavras, com o PHP» 4.2.0 a diretiva register_globals está desligada por padrão no arquivo php.ini. O método utilizado atualmente é o de acessar estes valores via arrays auto-globais como mencionado acima. Scripts antigos, livros, e tutoriais podem estar utilizando a diretiva ligada. Se ela estiver ligada, por exemplo, você poderá utilizar a variável $id da URL http://www.exemplo.com/pagina.php?id=42. Se a diretiva estiver desligada, você usará $_GET['id'].

Tutorial Php - parte 01


O que eu preciso?

Neste tutorial nós presumimos que seu servidor tem suporte ao PHP ativado e que todos os arquivos terminam com a extensão .php são tratados pelo PHP. Na maioria dos servidores esta é a extensão padrão para os arquivos PHP, mas pergunte ao seu administrador só para ter certeza. Se o seu servidor suporta PHP então você não precisa fazer mais nada. Apenas crie seus arquivos .php e coloque-os no seu diretório web e o servidor irá com um passe de mágica mostrar suas páginas PHP. Não há nenhuma necessidade de compilação para qualquer ferramenta extra. Pense nesses arquivos PHP como se eles fossem páginas HTML com algumas tags à mais que deixaram você fazer coisas mais interessantes do que somente páginas HTML estáticas.
Digamos que você quer salvar sua preciosa conexão e desenvolver tudo localmente. Neste caso, você precisará instalar um servidor web, como o » Apache, e claro o » PHP. Você também irá querer instalar uma base de dados, como por exemplo o » MySQL. Você pode instalá-los separadamente ou pelo jeito mais simples que é» usar os pacotes pré-configurados. que irão instalar automaticamente todas as coisas com apenas alguns cliques. É super fácil configurar um servidor web com suporte ao PHP em qualquer sistema operacional, incluindo Linux e Windows. No Linux, você deve procurar o » rpmfind que é muito útil na localização de pacotes RPM.


Sua primeira página PHP

Crie um novo arquivo chamado ola.php e coloque-o em seu diretório root do seu servidor web (DOCUMENT_ROOT) com o seguinte conteúdo:
Exemplo #1 Nosso primeiro script PHP: ola.php
<html>
 <head>
  <title>PHP Teste</title>
 </head>
 <body>
 <?php echo "<p>Olá Mundo</p>"?> </body>
</html>
Use o seu navegador para acessar o arquivo pelo endereço de seu servidor web, ao final do endereço coloque o arquivo "/ola.php" como referência. Quando o desenvolvimento é local você usará uma url como esta http://localhost/ola.php ou http://127.0.0.1/ola.php mas dependendo da configuração do seu servidor web. Entretanto isto está fora do escopo deste tutorial, veja também as diretivas DocumentRootServerName dos arquivos de configuração do seu servidor web. (no Apache o nome do arquivo éhttpd.conf). Se tudo foi configurado corretamente, o arquivo irá ser interpretado pelo PHP e irá mostrar a seguinte mensagem de saída no seu navegador:
<html>
 <head>
  <title>PHP Teste</title>
 </head>
 <body>
 <p>Olá Mundo</p>
 </body>
</html>


Note que isto não é como em um script CGI. O arquivo não precisa ser executável ou especial em nenhum aspecto. Pense nesse arquivo como um arquivo HTML normal mas com a diferença que ele pode conter algumas tags especiais a mais que permitem a você fazer coisas mais interessantes do que somente páginas HTML estáticas.
Este exemplo é extremamente simples e você realmente não precisa usar o PHP para criar uma página como esta. Tudo o que ele faz é mostrar uma mensagem Olá Mundo usando a declaração echo() do PHP.
Se você tentar rodar este exemplo e ele não mostrar nenhuma mensagem de saída, ou aparecer uma caixa de diálogo pedindo para você salvar o arquivo, ou você ver o arquivo em formato de texto, há uma grande chance do seu servidor não ter o PHP habilitado. Peça ao seu administrar para habilitar o PHP para você, usando o capítulo de Instalação do manual. Se você está desenvolvendo localmente, também leia o capítulo indicado acima para ter certeza de que configurou tudo corretamente. Se os problemas continuarem a persistir, não hesite em usar uma das várias formas de » ajuda que o PHP pode lhe oferecer.
O objetivo do exemplo é mostrar o formato especial das tags do PHP. Neste exemplo nós usamos <?php para indicar que à partir daquele ponto começa um código PHP. Então nós colocamos uma declaração de fechamento para indicar que o script PHP acabou, usando a tag ?>. Você pode usar o PHP em qualquer parte do seu código HTML, e também pode usar várias tags de abertura e fechamento no mesmo arquivo. Para mais detalhes, leia a seção do manual que fala da sintaxe básica do PHP.
NotaUma Nota sobre os Editores de Texto
Há muitos editores de textos e Integrated Development Enviroments (IDEs) que você pode usar para criar, editar e gerenciar arquivos PHP. Uma lista parcial destas ferramentas pode ser vista na » Lista de Editores para PHP. Se você gostaria de recomendar algum editor, por favor visite o endereço acima e pergunte ao administrador do site para adicionar o seu editor à lista. Ter um editor que colora as sintaxes das tags pode ser muito útil.
NotaUma Nota sobre os Processadores Word
Processadores Word como o StarOffice Write, Microsoft Word e Abiword não são boas escolhas para editar arquivos PHP. Se você deseja usar um desses para testar seus scripts, você precisa verificar se você está salvando os arquivos como TEXTO PLANO ou o PHP não irá ser capaz de ler e executar o seu script.
NotaUma Nota sobre o Bloco de Notas do Windows
Se você está escrevendo seus scripts PHP usando o Bloco de Notas do Windows, você precisará verificar que os arquivos estão sendo salvos com a extensão .php. (O Bloco de Notas do Windows adiciona automaticamente a extensão .txt aos arquivos a não ser que você siga um dos passos a seguir para previnir isto). Quando a caixa de diálogo Salvar estiver aberta e você for digitar o nome do seu arquivo, coloque o nome do arquivo entre aspas (i.e. "ola.php"). Uma alternativa, é você clicar na lista drop-down 'Documentos de Texto' na caixa de diálogo salvar e alterar para "Todos os tipos de arquivos". Você agora pode digitar o nome do seu arquivo sem usar as aspas.
Agora que você criou com sucesso um script simples em PHP, é hora de criar o mais famoso dos scripts PHP! Uma chamada à função phpinfo() e você verá todas as informações sobre seu sistema e configurações disponíveis como a de Variáveis Pré-definidas, módulos carregados pelo PHP, e as opções de configuração. Tire algum tempo para ver e rever estas importantes informações.

Tratando Formulários


Tratando Formulários

Uma das características mais fortes do PHP é o jeito como ele trata formulários HTML. O conceito básico que é importante entender é que qualquer elemento de formulário em um formulário irá automaticamente ficar disponível para você usá-los em seus scripts PHP. Por favor leia a seção Variáveis externas do PHP para mais informações e exemplos de como usar formulários com PHP. Aqui vai um exemplo:
Exemplo #1 Um simples formulário HTML
<form action="acao.php" method="POST">
 Seu nome <input type="text" name="nome" />
 Sua idade: <input type="text" name="idade" />
 <input type="submit">
</form>

Não há nada de especial neste formulário. É um formulário HTML comum sem nenhuma tag especial de qualquer tipo. Quando o usuário preencher este formulário e clicar no botão enviar, a página action.php é chamada. Neste arquivo nós teremos algo como este:
Exemplo #2 Imprimindo dados de nosso formulário
Oi <?php echo $_POST["nome"]; ?>.
Você tem <?php echo $_POST["idade"]; ?> anos.
Um exemplo de saída deste script seria:
Oi Thomas.
Você tem 18 anos.

É óbvio o que este script faz. Não há nada de mais nele. As variáveis $_POST["nome"] e $_POST["idade"] são automaticamente criadas para você pelo PHP. Antigamente nós usávamos a auto-global $_SERVER, agora nós simplesmente usamos a auto-global $_POST que contém todos os dados vindos do POST. Se você usar o método GET então nossas informações residirão na auto-global $_GET. Você também pode usar a auto-global$_REQUEST se você não se importa com o tipo de dados que vêm do seu formulário. Esta auto-global contém uma mescla de GET, POST, COOKIE e FILE. Veja também a função import_request_variables().

Tutorial Php - parte 02

Vamos fazer alguma coisa um pouco mais útil agora. Nós iremos checar qual é o tipo de navegador que o visitante está utilizando para ver a nossa página. De fato, para fazer isto nós teremos que checar qual é o valor da string agente que o navegador envia como parte de sua requisição HTTP. Esta informação é armazenada em uma variável. Variáveis sempre começam com um símbolo de cifrão no PHP. A variável que nos interessa no momento é a $_SERVER["HTTP_USER_AGENT"].
NotaNota sobre as Auto-Globais do PHP
$_SERVER é uma variável especial reservada do PHP que contém todas as informações sobre o servidor web. Ela é conhecida como uma Auto-Global (ou Superglobal). Veja a página do manual relacionada asAuto-globais para mais informações. Estas variáveis especiais foram introduzidas no PHP » 4.1.0. Antes desta versão, nós usávamos os velhos arrays $HTTP_*_VARS, como o $HTTP_SERVER_VARS. Entretanto, este estilo antigo foi removido, porém ainda existem. (Veja a nota sobre códigos antigos.)
Para chamar esta variável, nós podemos fazer isto:
Exemplo #1 Imprimindo a variável (Elemento Array)
<?php echo $_SERVER["HTTP_USER_AGENT"]; ?>
Um exemplo de saída deste script poderia ser:

Mozilla/4.0 (compatible; MSIE 5.01; Windows NT 5.0)

Há muitos tipos de variáveis disponíveis no PHP. No exemplo acima nós escrevemos um elemento Array. Arrays podem ser muito úteis.
$_SERVER é somente uma variável que é automaticamente disponibilizada para você pelo PHP. Uma lista de Variáveis Reservadas pode ser vista na seção Variáveis Reservadas do manual ou você pode pegar uma lista completa delas criando um arquivo como este:
Exemplo #2 Exibindo todas as variáveis pré-definidas usando a função phpinfo()
<?php phpinfo(); ?>

Se você carregar este arquivo no seu navegador você irá ver uma página com todas as informações sobre o PHP junto com uma lista de todos os tipos de variáveis disponíveis para você.
Você pode colocar múltiplas declarações PHP dentro da tag PHP e criar pequenos blocos de códigos que fazem muito mais do que um simples echo. Por exemplo, se você quer checar se o navegador é o Internet Explorer faça algo como isso:
Exemplo #3 Exemplo usando controles de declarações e funções
<?phpif (strstr($_SERVER["HTTP_USER_AGENT"], "MSIE")) {
    echo 
"Você está usando o Internet Explorer<br />";
}
?>
Um exemplo de Saída seria:
Você está usando o Internet Explorer<br />

Aqui nós mostraremos alguns novos conceitos. Nós temos a declaração if. Se você é familiar com a sintaxe básica usada pela linguagem C isto parecerá ser lógico para você. Se você não conhece a linguagem C ou alguma outra linguagem onde a sintaxe usada acima é usada, você provavelmente precisará de um livro introdutório sobre o PHP, dê uma lida nos primeiros capítulos do livro, ou leia a parte sobre a Referência da Linguagem no manual. Você pode encontrar uma lista de livros sobre PHP em at» http://www.php.net/books.php.
O segundo conceito que iremos abordar é a chamada à função strstr(). A função strstr() é trazida junto com o PHP, ela faz uma busca em uma palavra por uma outra palavra. Neste caso nós procuramos pela palavra "MSIE"dentro de $_SERVER["HTTP_USER_AGENT"]. Se a palavra for encontrada, a função retorna TRUE e se ela não for encontrada a função retorna FALSE. Se o retorno for TRUE, a declaração if ocorre e o código dentro dela é executado. Caso contrário, o código não é executado. Sinta-se à vontade para criar exemplos similares com oifelse, e outras funções como a strtoupper() e strlen(). Cada uma delas está no manual com seus respectivos exemplos.
Nós podemos avançar agora e mostrar a você como alternar entre os modos PHP mesmo que você esteja executando blocos de códigos:
Exemplo #4 Mesclando entre os modos PHP e HTML
<?phpif (strstr($_SERVER["HTTP_USER_AGENT"], "MSIE")) {?><h3>strstr retorna verdadeiro</h3>
<center><b>Você está usando o Internet Explorer</b></center>
<?php} else {?><h3>strstr retorna falso</h3>
<center><b>Você não está usando o Internet Explorer</b></center>
<?php}?>
Um exemplo de saída deste script poderia ser:
<h3>strstr retorna verdadeiro</h3>
<center><b>Você está usando o Internet Explorer</b></center>

Ao invés de usar a declaração echo do PHP para imprimir a saída dos dados, nós saímos do modo do PHP e usamos o HTML normal. O importante à notar aqui é que a lógica do script continua intacta. Somente alguns blocos HTML será enviados de acordo com o que a declaração strstr() retornar, ou seja TRUE ou FALSE. Em outras palavras, se a palavra MSIE for encontrada ou não.